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Missão e Valores da ONG Cursinho Professor Chico Poço

Missão: Proporcionar a democratização do ensino de qualidade e portanto, maior justiça social e plenitude de vida

Visão: Atuar educativa, politica, artística e culturalmente na formação de sujeitos críticos e atuantes na sociedade

Valores: Atuamos através da (o)

- Formação social

- Empatia

- Responsabilidade

- Cidadania

- Integridade física e moral

- Diálogo

História do Cursinho Professor Chico Poço

Em 2005, a companheira de Chico em seus últimos anos de vida, Neusa Pellizzer, decidiu juntamente com seu sobrinho, Rafael Pellizzer, dar continuidade a esse projeto de criação de um cursinho popular. Já no ano seguinte, Rafael conseguiu reunir diversos amigos e conhecidos que gostariam de ajudar voluntariamente no projeto. Tratava-se de profissionais das mais diversas áreas, como engenheiros, publicitários, professores e advogados. Juntos, enfrentaram todos os obstáculos burocráticos e criaram uma Organização Não-Governamental, a ONG Cursinho Professor Chico Poço (CP²). Foram definidos os cargos da diretoria, o estatuto e a ata de fundação. Obtiveram, também, um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica para o Cursinho.

Era hora de colocar as mãos à obra

Mas o trabalho estava apenas começando.  No início de 2007, os futuros professores da ONG fizeram a divulgação da abertura do Cursinho panfletando pelas ruas de Jundiaí. Com apenas uma semana de panfletagem, conseguiram angariar cerca de 150 alunos interessados, que se inscreveram para participar do processo seletivo.

Para a realização da prova de seleção, o Colégio Divino Salvador, onde Chico Poço lecionava, cedeu o uso de seu espaço sem custos, numa parceria que viria a durar até os dias de hoje. A prova foi feita, aplicada e corrigida pelos voluntários da ONG, que se desdobravam para executar o melhor trabalho possível. Seu esforço e dedicação, somados à grandeza social do projeto, começaram a ser reconhecidos, e a mídia municipal passou a se interessar pelo CP².

Sonho transformado em realidade: forma-se a primeira turma do CP²

Depois de três meses de muito trabalho e empenho, o sonho do cursinho popular, idealizado por Chico e executado por Neusa, Rafael, amigos e colaboradores,finalmente foi realizado. Com um corpo docente formado por 20 professores, a grade horária foi montada no período noturno, com aulas extras aos sábados.

Já que não possuíam uma instalação própria, foi estabelecida uma parceria com o Lar Anália Franco, que cedeu o espaço de seu refeitório para que as aulas pudessem acontecer.  Com isso, em março de 2007, iniciaram-se as aulas para a primeira turma do CP². Ela continha 84 alunos, que pagavam mensalmente apenas o equivalente ao material apostilado que utilizavam diariamente nas aulas.

Além disso, o CP² recebeu doações de livros e apostilas de diversos métodos de ensino que, junto com os livros que já estavam no acervo de Chico Poço, formaram a biblioteca da ONG.

Ao longo dos anos, o Cursinho Professor Chico Poço foi crescendo e aperfeiçoando o trabalho que realiza na cidade de Jundiaí e que tem impacto em toda a região. Atualmente, a ONG conta com o apoio de cerca de 60 voluntários, profissionais de diferentes áreas que cedem seu trabalho voluntariamente em prol da causa da educação.

Uma realidade reconhecida

Em novembro de 2010, a Câmara de Vereadores de Jundiaí decretou que a ONG Cursinho Professor Chico Poço é uma Entidade de Interesse Público para a cidade. O projeto foi encampado pelo vereador Júlio Cesar de Oliveira, sucessor de Chico Poço na vaga deixada por ele após o falecimento.

Quem foi Professor Chico Poço?

Chico Poço, como era conhecido na cidade, nasceu em Jundiaí, em 13 de junho de 1957, filho de Manoel e Conceição Aparecida Marin Poço, ambos empregados, por muitos anos, da antiga Argos Industrial.


Estudou no GEVA, depois fez agrimensura do Colégio Técnico de Jundiaí e cursou matemática e física na UNICAMP.


Enquanto estudava, dava aulas particulares, lecionava em cursinhos de Campinas, nas escolas ROMAG em Jundiaí, até ser contratado pelo Colégio Divino Salvador, onde lecionou, por quase 25 anos. Lecionou também, por certo período, no Colégio Leonardo da Vinci.


O Chico era apaixonado pela matemática e pela lógica. Bastava alguém manifestar qualquer dúvida na matéria e interesse em aprender, que ele já puxava uma cadeira para ensinar, com uma facilidade que lhe era peculiar. Parece que o assunto ficava até mais ameno, diante do entusiasmo do professor. Ele também gostava muito de discutir e orientar seus alunos, quanto à escolha da carreira e perspectivas de mercado nas diversas profissões e para isto, era muitas vezes procurado. Isto o levou a direcionar seu foco, como professor, à preparação para o vestibular.


Assim, o Chico teve participação ativa na formação de muitas “cabeças boas” e profissionais de renome na cidade. Ele ficava muito orgulhoso ao encontrar-se com ex-alunos nas mais variadas ocasiões. Sua primeira pergunta, depois dos efusivos cumprimentos, que sempre aconteciam, era invariavelmente dirigida, à atuação profissional do seu ex-aluno e, quase sempre completava, com alguma observação particular para o caso. Às vezes lembravam juntos de fatos e situações corriqueiras e saudosistas para ambos.


À medida que os anos passavam, mais e mais alunos passavam pela sua vida e ele pelas vidas de seus alunos, certamente deixando marcas. Nos últimos anos, eram tantos os ex-alunos, que era mais fácil identificar na cidade, quem não tinha sido aluno do Chico, do que o contrário.


O Chico sempre valorizou muito a família, a sociedade e a cidadania e também esses conceitos e ensinamentos, transmitia aos seus alunos, sempre que o momento permitisse.


Devido a todos esses interesses e à vontade de melhorar a sociedade em que vivia, muito cedo entrou para a vida política da cidade, segmento onde também foi muito bem recebido e sucedido. Atuou como vereador por quatro mandatos consecutivos e acabara de ser reeleito para o seu quinto mandato, em outubro de 2004. Durante o biênio 1999/2000, atuou como presidente da Câmara de Vereadores, ocasião em que implantou várias melhorias no legislativo local e teve a oportunidade de, por cerca de 20 dias, estar à frente da Prefeitura da cidade, durante as férias do então prefeito Miguel Haddad.


Chico Poço participava de eventos culturais da cidade, ministrava palestras sempre que solicitado, fazia parte da Congregação da Faculdade de Medicina de Jundiaí, como representante da comunidade, participou de Conselhos de Entidades Beneficentes, inclusive por certo período, do próprio Lar Anália Franco.


Como político, tinha um escritório muito bem organizado, onde catalogava em sistema próprio os seus eleitores, com os quais se comunicava frequentemente. Nesse escritório mantinha equipes de trabalho para ouvir, registrar e encaminhar solicitações dos munícipes aos órgãos competentes. Tinha em sua agenda de trabalho, dias especificamente reservados para atendimento ao público. Nesses dias, ele atendia pessoalmente as pessoas que o procuravam, com os mais variados problemas, em busca de ajuda e solução.


Prematura e abruptamente essa vida e carreira foram interrompidas, em dezembro de 2004, mas certamente várias sementes plantadas pelo Chico já estão germinando e crescendo pela cidade de Jundiaí, da qual ele tanto se orgulhava.


“A vida de um homem fala por si. Não é preciso muita eloquência  criatividade ou truque de palavras para falar dela – ela é o melhor testemunho de si mesma. Vai-se o homem, mas ficam o pensamento, as realizações, as lembranças e o legado de sua vida.


Chico Poço foi um desses homens que deixou muito para a sociedade na qual viveu. Não foi um mero passageiro dessa vida – mas alguém atuante, presente e marcante. Talvez sua viagem aqui tenha terminado, mas muito de sua obra, permanece”.


Provavelmente por tudo isto, Chico Poço tem recebido diversas homenagens. Em Fevereiro de 2008, a Faculdade de Medicina de Jundiaí homenageou esse seu membro da Congregação, através da inauguração de uma ampla sala de eventos que leva o nome do Professor Francisco Poço. Além disso, o novo prédio anexo à Câmara de Vereadores de Jundiaí leva seu nome, assim como uma biblioteca de escola pública da cidade e, desde janeiro de 2007, a ONG Cursinho Prof. Chico Poço – o CP², da qual a maior parte dos professores são seus ex-alunos, como forma de continuidade a um dos seus ideais.

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